Como Ajudar uma pessoa que NÃO quer ser Ajudada? [Difícil ein!]

Como ajudar quem não quer ser ajudado

Como ajudar quem não quer ser ajudado

Muitos de nós, nos vemos às vezes tentando ajudar ou influenciar positivamente as pessoas ao nosso redor, principalmente quando se trata de pessoas queridas e próximas.

 

Mas, não demora muito e percebemos que tentar ajudar quem não quer ser ajudado é como dar murro em ponta de faca…

A maioria das pessoas querem melhorar alguma coisa em suas vidas, querem mudar ou fazer algo novo para dar uma renovada e se sentirem melhores.

Esse anseio por mudança é da natureza humana.

No entanto ela geralmente parte de iniciativa própria das pessoas que desejam a mudança que ao conversar reclamam de uma determinada situação com seus amigos ou familiares, mas dificilmente tomam alguma ação.

Estas reclamações variam de pessoa para pessoa mas prevalecem reclamações do tipo:

  • “Ah, queria emagrecer mas não consigo”;
  • “Meu relacionamento está indo mau”;
  • “Estou sentindo um vazio, preciso fazer algo pra mudar isso”;
  • “Não consigo arrumar tempo para fazer nada”;
  • “Meu emprego é uma merda”;
  • “Queria fazer atividades físicas mas não tenho disciplina”, etc.

Nós que somos próximos destas pessoas queremos sempre opinar e ajudar de alguma forma…

Baseados em nossas próprias experiências e na maneira como interpretamos a realidade do mundo, sugerimos várias soluções possíveis, e, de vez em quando, até nos oferecemos para acompanhá-las ao longo do processo, dependendo do problema é claro, pois de verdade a nossa principal intenção é a de ajudar.

Porém, a maioria destas pessoas que precisam de algum tipo de ajuda nem se quer nos dão ouvidos, ou muitas das vezes até fingem que ouviram para logo percebermos que o “conselho” que demos entrou por um ouvido e saiu pelo outro, não é mesmo?

Agora o pior mesmo é quando algumas pessoas que queremos ajudar reagem defensivamente, ou até mesmo de maneira agressiva, em relação aos nossos conselhos pois elas acham que está tudo “bem” do jeito que estão.

O que será que leva essas pessoas a agir desta maneira?

Mudar dói

Algumas até aceitam os conselhos e procuram ajuda, começam uma determinada atividade física, terapia, dieta, etc., mas dificilmente dão continuidade, elas sempre arrumam desculpas e voltam imediatamente para a sua zona de conforto.

Parece que estas pessoas tentam se anestesiar para se distrair do objeto de sua dor ou simplesmente desistem de solucionar o problema porque pra elas tudo é “sempre muito difícil e o mundo está contra elas”, então aquele problema só cresce enquanto estas pessoas não progridem pois o que elas resistem, persiste.

Não existe problema que irá embora sozinho, muito menos quando estes problemas estão relacionados somente a mudança que precisamos fazer em nós mesmos.

E isto demanda auto-responsabilidade e muita força de vontade para que assim a principal tarefa para a evolução seja feita: A AÇÃO.

Não há como um amigo ou familiar fazer mais do que apenas ouvir e aconselhar…

Sejam os nossos problemas questões relacionadas a sobrepeso, motivação, profissão ou até mesmo situações relativas a relacionamentos… O QUE SEJA!

É sempre muito bom termos um amigo para nos ouvir e nos dar incentivo ou até mesmo para chamar a nossa atenção, por este motivo não fique na defensiva ou entre em conflito com quem quer te ajudar, muito pelo contrário, seja grato por ter alguém que ainda se preocupe com você.

Temos que ser senhores do nosso próprio destino sempre!

Para aqueles que assumiram responsabilidade pelos seus resultados,  já passaram  por cima de seus maiores problemas e tiveram algum tipo de mudança positiva ao enfrentá-los, fica difícil para eles entenderem o porquê das pessoas resistirem tanto a mudança, principalmente àquelas que enxergam a dificuldade e a possível solução, desejam mudar, mas nem se quer tentam colocá-la em AÇÃO.

Você, como uma pessoa que quer ajudar pois já passou por uma situação similar deve ficar se perguntando:

  • Por que esse tipo de coisa acontece?
  • O que é isso que nos aprisiona na nossa mediocridade e nos paralisa diante da possibilidade de mudança?

Existem muitas respostas para estas perguntas para essas respostas acima, e fatalmente tais respostas não te levarão a solucionar a sua dor: Falta de Empatia e Paciência para com o Próximo…

Então eu te proponho a refletir nas perguntas abaixo para tentar gerar um pouco de empatia por aquela pessoa que você tanto deseja ajudar:

  • Você se lembra da última vez que mudou alguma coisa na sua vida ou comportamento?
  • O que te motivou?
  • Como tudo começou?
  • Quais foram as suas maiores dificuldades?
  • Você conseguiu se manter impecável durante todo o processo?
  • Será que você não falhou em nenhum momento nesta jornada?
  • Você chegou desistir ou resistir a mudança em algum momento?
  • Será que você já conseguiu mudar tudo o que gostaria?

Para um número limitado de pessoas, a necessidade de mudança vem de uma forma avassaladora, como uma verdadeira tsunami, modificando tudo de uma hora para a outra (e claro, resolvendo rapidamente as adversidades e dificuldades sem se deixar abalar).

Contudo, para a maioria das pessoas isto não acontece,  a mudança ocorre de maneira lenta, difícil e muita das vezes nem ocorre porque elas habitam na resistência.

Mas porque as pessoas habitam na resistência?

O motivo é simples:

a maioria das pessoas tem medo e resistência a mudança, elas não têm coragem de se expor, de se arriscar e preferem ficar na sua Zona de Conforto.

Afinal como já dizia Anthony Robbins – as pessoas  só fazem as coisas por dois fatores, para obter prazer ou evitar a dor…”

Quando saímos da nossa zona de conforto é natural sentirmos medo, dor e ansiedade. E como qualquer pessoa comum, se tivermos escolha, para evitar esta dor voltaremos rapidamente para o conforto da nossa rotina e da nossa vida “normalzinha”.

Nós sucumbimos diariamente aos prazeres imediatos para anestesiar a dor ou preencher o buraco de nossa alma, e por este motivo muitas pessoas se entregam aos vícios como cigarro, drogas, bebida ou comida em excesso.

Se não estamos bem e temos consciência disso, reclamamos e transferimos a culpa para fatores externos.

Se achamos que estamos bem, preferimos fechar os olhos para como o nosso comportamento afeta as pessoas ao nosso redor, com isso se alguém vem apontar alguma falha nossa, alguns ignoram, outros lutam.

Afinal, estas são as principais reações daqueles que habitam na resistência.

Para aqueles que querem ajudar alguém mas não conseguem…

Procuro praticar a compaixão com consistência e digo pra mim mesmo todos os dias que preciso sempre estar presente e compassivo para me colocar na pele dos outros antes mesmo de querer ajudá-las…

Mas de fato esta prática é muito difícil e é um tanto quanto frustrante ver algumas pessoas se destruindo, sem aceitar a nossa ajuda por teimosia, totalmente inertes deixando a vida passar por entre seus dedos sem correr atrás de seus próprios sonhos e objetivos, e pior, ainda reclamando sem fazer nada.

É um sentimento de impotência, eu sei como é, e confesso que ele as vezes me faz perder uma das principais virtudes da compaixão: a paciência.

Confesso que eu não tinha muita paciência com o derrotismo, pessimismo, vitimismo, “mimimi” e mediocridade que a maioria das pessoas carregam consigo mesmas, mas há muito tempo eu decidi não desanimar pelos resultados dos outros e assumir responsabilidade acima de tudo pelos meus resultados.

Também decidi respeitar o tempo de cada pessoa e continuar consistentemente no meu caminho de melhoria contínua para ser o exemplo da mudança que quero ver no mundo.

Depois que eu adotei essa postura, comecei a compreender que o maior problema destas pessoas está na mente delas.

Isto é…

Não é que elas não queiram mudar, elas só não tem a pré-disposição mental para conseguir se colocar nesse estado de auto-responsabilidade assumindo responsabilidade pelos seus próprios resultados, sendo senhores de seu destino.

Eu só consegui desenvolver minha paciência para este tipo de atitude quando eu me coloquei no lugar delas.

Por exemplo, quando eu parei de treinar por um tempo por causa de uma lesão, e vi que para retornar foi extremamente penoso…

Nossa, foi desanimador, até entrar no ritmo novamente foi um esforço homérico, um verdadeiro recomeço.

Eu passei a entender de verdade estas pessoas “resistentes a mudança” a partir do momento que eu me vi compassivo, entendendo a dificuldade daqueles que estão tentando mudar e não conseguem.

Em contrapartida, entendo também a frustração daqueles que querem ajudar, mas ao mesmo tempo não conseguem impulsionar as pessoas que habitam na resistência.

Então, se eu posso dar um conselho para você que está tentando ajudar alguém, é:

Não entre em conflito!

Tenha paciência, não se frustre pelos resultados alheios, foque apenas no seu resultado, foque apenas no seu desenvolvimento, se preocupe SOMENTE com a sua mudança e evolução. É isso o que eu faço hoje.

Quem quiser a sua ajuda, esteja de braços abertos para ajudar, ajude com a maior boa vontade e todo o seu coração; quanto aqueles com postura derrotista, não fique mais chateado nem decepcionado quando eles não tentam ou desistem no meio da mudança.

ESSA DOR NÃO É SUA!

Sabe por que?

Pois fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para incentivar e ajudar, nossa consciência está limpa, e em alguns momentos não é nenhuma vergonha ser um pouco “egoísta”, principalmente quando tentamos uma, duas, “N” vezes ajudar.

Podemos e devemos nos preocupar com a nossa própria evolução, a nossa intenção deve estar em sempre buscar ser melhor que ontem, não podemos nos privar da evolução por causa daqueles que querem continuar estagnados (e insatisfeitos) na sua zona de conforto.

Devemos atuar como uma inspiração, nos tornando a mudança que queremos ver nas outras pessoas.

Devemos transbordar a nossa luz até que aquela pessoa, no seu tempo, não tenha outra opção a não ser despertar, pelo amor ou pela dor, e tome a decisão definitiva: honrar o comprometimento com ela mesma.

Não coloque as suas metas e os seus resultados dependentes de terceiros.

Não coloque a sua expectativa de felicidade e realização, no resultado dos outros! Coloque sua expectativa apenas em você, porque esse é o único fator que está sob o seu controle.

Fator este ao qual você tem total controle e domínio pois você é o senhor do seu destino, o capitão do seu barco, e os resultados que tanto deseja só dependem de você para serem conquistados.

Se você colocar a sua realização dependente de terceiros, você vai se frustrar, você vai se decepcionar, você vai ficar triste, você vai se colocar num estado mental enfraquecedor que nem mesmo você terá energia para sair da inércia e se desenvolver, mental, física e espiritualmente falando.

Busque ser melhor que ontem sem muita pretensão de mudar a todos com os seus conselhos e incentivos…

Eventualmente, as pessoas que estiverem a sua volta, seguirão o seu exemplo, pois como já dizia Mahatama Gandhi:

Seja o exemplo da mudança que deseja ver no mundo.

Conhece alguém que está passando por algum obstáculo ou dificuldade e deseja ajudá-lo?

Envie o Link de Download do eBook abaixo para essa pessoa e diga que se lembrou dela ao lê-lo… 

Lembre-se você não está mais sozinho, nós somos o Spartancast!

EBOOK – As 10 Atitudes Espartanas para Transformar Obstáculos em Oportunidades:


Also published on Medium.

Sobre Autor

Gabriel Menezes

Fundador do Spartancast, Consultor e Especialista Internacional em Liderança, Alta Performance e Mindfulness dando treinamentos corporativos em todos os continentes do mundo. DJ, Terapeuta Holístico (Registro Profissional CRTH-BR: 3128) e Professor de Mindfulness credenciado pela International Meditation Teachers and Therapists Association (IMTTA), Membro Executivo do International Institute for Complementary Therapists (IICT) e Membro Profissional da American Mindfulness Research Association (AMRA). Diretor e Representante da IMTTA no Brasil formando mais de 200 Professores de Meditação e Terapeutas. CEO do SOMA Awakening Breathworks nos Países de Língua Portuguesa.