Vire Um Mestre nos Treinos Aprendendo Estas 7 Dicas

Quando o Aluno Vira Mestre

Quando o Aluno Vira Mestre

Sabe aquele treino casca dura, ou aquele exercício super difícil que reside nos seus mais loucos sonhos?

Pois é, quando pensa neles que atletas vêm à sua mente? Geralmente pensamos em alguém que conhecemos e que desempenha muito bem naquela situação, não é mesmo?

Mas porque não pensamos em nós? A resposta óbvia é: Porque eu não consigo fazer.

Exato, então pensamos em outros com admiração, nos perguntando se algum dia teremos capacidade para realizar os mesmos feitos, afinal esses atletas são como nossos mestres, e nós como alunos ou discípulos, estamos sempre observando e tentando aprender algo novo.

E para esta dúvida temos uma resposta dupla: Sim e Não.

Sim, se algum humano pode fazer, com certeza mais alguém consegue ou conseguirá. Algo só é impossível até que alguém faça, essa é a ideia de uma famosa frase de Albert Einstein.

Mas a resposta também pode ser não, e acredite em mim, na maioria das vezes é não.

Muitos atletas chegam em certas barreiras que consideram intransponíveis, e isso não os deixa desanimados, é como se fosse um incentivo maior para continuarem. Mas outros se resignam à sua aparente incapacidade de continuar progredindo e se contentam com o que já conseguiram.

A ambição a nível financeiro tem seu lado ruim, pode levar à ganância, e por ganância muitos passam por cima de outros, trapaceiam, corrompem, são corrompidos, deixam de lado valores morais e éticos, esquecem seus familiares, roubam e fazem todo tipo de falcatrua em nome do dinheiro.

Mas quando se trata de superação pessoal no esporte, caro espartano, seja muito, muito ambicioso

No esporte não precisamos jogar sujo para nos superarmos, e mesmo que estejamos disputando com outros, ainda assim é perfeitamente possível superar outros sem deixar de lado as regras e a ética. No esporte amador, a superação tem um sabor especial, não tem nada a ver com destaque – afinal pouca gente ou ninguém mais vai saber do seu sucesso ao conseguir correr aquele km a mais.

Por isso, o verdadeiro espartano não enxerga limites para o seu potencial e esse é o primeiro passo para superar certos obstáculos ao progresso.

Que tal algumas dicas úteis que se você aplicar em seu treinamento, para deixar de ser um aluno e se tornar um mestre?

Mas, antes de entrarmos nessa questão talvez você se pergunte

Porque eu deveria ser um mestre? Só para ter meus próprios seguidores e admiradores? Vou disputar a admiração com aqueles que atualmente admiro?

Nada disso, tornar-se mestre é fundamental para o seu autoconhecimento, além do mais, cada corpo funciona de um jeito, cada corpo tem um metabolismo e como já vimos em outra matéria, a constituição física pode mudar muito de uma pessoa para outra e consequentemente os resultados também. Então, se você quiser continuar a ser aluno, nunca vai ser capaz de alcançar toda a sua capacidade e mais, nunca será capaz de ampliar a sua capacidade, e acredite, a sua capacidade é a bem dizer ilimitada.

Vamos às dicas que preparamos para você baseado na nossa experiência como atletas amadores:

1. Domine com maestria o exercício ou o treino que você tem mais facilidade em executar:

Identifique todas as variantes de dificuldade e domine todas elas. Depois faça isso com o próximo e vá avançando sempre, a lista é quase infindável. Mas com o passar do tempo, a sua consciência corporal estará em um nível tão alto que os desafios não serão mais tão grandiosos assim;

2. Quando empacar em uma progressão, não desanime, dê um tempo, passe para outro desafio, e depois de algum tempo volte a ele novamente:

Muitas vezes, vencemos uma barreira conseguindo realizar um treino ou exercício com maestria, mas no dia seguinte é como se nunca tivemos a capacidade para fazer aquilo, se isso acontecer, não se preocupe, é perfeitamente normal;

3. Quando estiver estudando um novo movimento, pegue o maior número de referências possível:

Não fique só naquela dica master porque foi dada por aquele atleta que você tanto admira. O que funcionou para ele pode não funcionar para você. Ex.: Quando eu estava aprendendo muscle up vi um vídeo de um atleta muito bom e ele dizia que não é possível fazer slow muscle up sem pegada falsa. Com um pouco de pesquisa encontrei outro atleta fazendo slow muscle up com a pegada completa;

4. Estude a fisiologia do movimento:

Aprenda quais são os músculos mais usados naquele treino ou exercício, entenda como o seu corpo deve trabalhar para desempenhar bem naquela situação. Ex.: A esmagadora maioria dos atletas tem dificuldades com pull ups ao passo que tem menos dificuldades em realizar chin ups. Então, a maioria se rende aos chin ups pensando que se treinar bastante dessa forma vão poder melhorar os seus pull ups. Em parte isso é verdade, porque no fim das contas os braços vão se fortalecer, mas se o atleta entender que o músculo braquial é um dos músculos mais ativados no antebraço durante um pull up e que no chin up ele é praticamente neutralizado, não fica difícil entender que esse método não vai ser muito eficiente para quem quer realmente progredir nos pull ups. Aliado a isso, uma consciência corporal irá ajudar a ativar as omoplatas que são duas articulações muito importantes na realização dos pull ups, além é claro das pernas e abdômen.

5. Divirta-se, aproveite o momento:

Filme sua atuação, admire seu o progresso e veja onde ainda tem muito a melhorar, isso não só vai te mostrar que existe uma luz no fim do túnel, mas também vai te ajudar a não desanimar.

6. Colecione dores e calos e bolhas:

Não, não treine até o ponto da lesão, mas se no dia seguinte o seu corpo parece estar muito bem obrigado, então você não está treinando o suficiente. Faça uma bela amizade com a dor muscular do pós treino, ela é sua melhor amiga e seu maior indicador de o quanto está realmente treinando. Se o treino está fácil, então dificulte, suba um nível. Calos, por que tê-los? Houve um tempo que calos nas mãos de uma pessoa significava que ela era trabalhadora, hoje em dia, as condições de trabalho são muito diferentes e os calos já não são o melhor indicador de o quanto alguém está dando duro. Mas não no esporte, as mãos e pés do atleta de verdade tem calos e/ou bolhas, ainda que use um excelente par de luvas, meias e calçados adequados, os calos e eventuais bolhas estarão lá. Portanto colecione muitos deles e sua carreira de atleta será longa e vitoriosa.

7. Por último e nem um pouco menos importante:

Alimente-se como um atleta, beba como um atleta e durma como um atleta. Não adianta nada treinar até a exaustão e depois se empanturrar de tudo aquilo que é nocivo. Alimentação saudável sempre. Quer ter o dia do lixo? Ótimo! Tenha um por mês e olhe lá. Beba muito. Mas que seja água ou suco natural. Nada de álcool, nem vamos entrar nesse debate ok? E durma, durma muito, é nessa hora que a “mágica” acontece. Você precisa de hormônios do crescimento, e reguladores do metabolismo e eles só são liberados com uma boa noite de sono. Quer uma noitada? Que ela termine antes do que você gostaria, porque amanhã você vai treinar mais do que imagina.

É caro espartano, não é fácil tornar-se um mestre, mas também não é impossível

Mas a gente não está procurando o caminho mais fácil, afinal, se estivéssemos, estaríamos seguindo exatamente a mesma rotina da esmagadora maioria das pessoas e passando o resto das nossas vida miseráveis afundados no sofá, só comendo e bebendo.

Então siga em frente, não desista, além do mais você já chegou longe e fez o mais difícil que foi dar o primeiro passo. Portanto, nunca se acomode, nunca se satisfaça, nunca se resigne. Lute, sofra, sue muito, sinta dor e vença!

Lembre-se: Você não está sozinho, nós somos o Spartancast.

Sobre Autor

Gabriel Menezes

Fundador do Spartancast, Consultor e Especialista Internacional em Liderança, Alta Performance e Mindfulness dando treinamentos corporativos em todos os continentes do mundo. DJ, Terapeuta Holístico (Registro Profissional CRTH-BR: 3128) e Professor de Mindfulness credenciado pela International Meditation Teachers and Therapists Association (IMTTA), Membro Executivo do International Institute for Complementary Therapists (IICT) e Membro Profissional da American Mindfulness Research Association (AMRA). Diretor e Representante da IMTTA no Brasil formando mais de 200 Professores de Meditação e Terapeutas. CEO do SOMA Awakening Breathworks nos Países de Língua Portuguesa.