Quer desistir? Primeiro, Desista de Ser Fraco!

Desisitir não é uma opção

Se existe uma lição poderosa que o esporte deixou  na minha vida, foi a persistência… Essa vontade maior do que qualquer desafio que te mantém seguindo em frente sem jamais desistir. A cada nova superação a palavra desistência foi ficando mais nublada em minha mente, até quando como uma sombra desapareceu completamente.

Bem no começo da minha jornada, enquanto me exercitava, eu me via repetindo constantemente frases como: “Desistir não é uma opção”, “Never give up”, “Don’t quit”… Aos poucos, a palavra desistência que antes era tão presente deixou de fazer parte do meu vocabulário, quando de repente sem me dar conta passei a nem se quer cogitar a hipótese de parar no meio de qualquer atividade, seja ela qual fosse.

Tanto na vida, quanto no esporte ou nos negócios, a capacidade que temos de resistir as tentações e persistir independente de quão grande os obstáculos possam parecer, é o que verdadeiramente separa “os meninos dos homens”.

Porém, antes de nos livrar das correntes que nos prendem a este estado mental tão enfraquecedor, precisamos entender que ao longo de nosso caminho por vezes encontraremos barreiras que parecerão muito maiores do que nós, algumas vezes até fracassaremos, e por mais que isso pareça nos distanciar do nosso tão desejado resultado, na verdade se não nos entregarmos a situação, isto só nos fará ainda mais fortes com as lições aprendidas, nos preparando para atingir a vitória no final.

Pense nisso:

Qual é a única coisa, a única vantagem que você tem hoje, a mais do que ontem? A resposta será é claro, experiência.

Muitas pessoas em nossa sociedade foram treinadas e programadas para temer essa tal coisa chamada fracasso. Esta crença de que o fracasso é algo negativo faz com que nos frustremos ao obter um resultado diferente do que desejávamos. Logo, aquilo que te decepciona o atrai para um estado desistente para se afastar daquilo que lhe faz mal.

Porém se pararmos para lembrar de ocasiões que quisemos alguma coisa e conseguimos outra, não completamos um workout, ou fomos todos reprovados num teste, sofremos por um romance que não deu certo, ou até montamos um plano de negócio para ver tudo sair errado, perceberemos que o “fracasso” está mais presente na nossa vida do que imaginávamos. Perceba que usei a palavra “resultado” pois é o que os verdadeiros Espartanos enxergavam diante da ameaça feroz de seus inimigos.

Eles não enxergavam o fracasso, nem se quer acreditavam nele. Afinal a bela morte em combate era o resultado mais esperado por eles, oriundo de uma decisão que haviam tomado muito antes de colocar os pés no campo de batalha. Se este era o único resultado certo e que ainda por cima lhes traria honra e reconhecimento, não tinham porque não se lançarem em combate brutalmente. Sem medo da derrota, eles eram destemidos, sendo destemidos eram poderosos e quase invencíveis.

Medo do fracasso…

As pessoas que temem o fracasso fazem com antecedência representações internas de tudo aquilo que poderá dar errado ou não funcionar, e é exatamente isso que não lhes permite tomar a única medida que poderia garantir o atingimento dos seus objetivos: que é tentar e tentar até conseguir…

Se fizermos como os Espartanos e mudarmos a percepção de que a derrota não é algo negativo, passando a enxergar os benefícios e aprendizados, e substituindo a palavra fracasso por resultado/efeito, logo assumiremos a responsabilidade sobre as nossas decisões, concluindo assim que somos senhores de nosso destino cabendo somente a nós a ação responsável pelo nosso sucesso. Desta maneira, aquela inconveniente frustração que nos impede de agir fazendo-nos desistir subitamente, deixará de existir.

Certa vez, o pensador e poeta Mark Twain disse:

“Não há visão mais triste do que um jovem pessimista”.

Ele estava completamente certo. Pessoas que acreditam no fracasso garantem apenas uma existência medíocre. Fracasso é uma coisa que não foi percebida pelos valorosos espartanos que lutaram e morreram nas Termópilas, impedindo o avanço de um exército várias vezes maior que o deles, e mesmo assim na “derrota” foram eternizados como verdadeiros heróis.  Este é o segredo dos vencedores, não que eles não tenham sofrido uma derrota, mas sim porque nunca desistiram, eles não se deram ao luxo de juntar emoções negativas às coisas que pareciam além do seu alcance, afinal para eles, desistir nunca foi uma opção.

Aqui segue uma coisa para considerarem… Compartilharei a história da vida de alguém. Trata-se de um homem que:

  • Faliu no negócio aos 31 anos de idade.
  • Foi derrotado numa eleição para o Legislativo aos 32.
  • Faliu outra vez no negócio aos 34 anos.
  • Superou a morte de sua namorada aos 35.
  • Teve um colapso nervoso aos 36.
  • Perdeu uma eleição aos 38.
  • Perdeu nas eleições para o Congresso aos 43, 46 e 48.
  • Perdeu uma disputa para o Senado aos 55.
  • Fracassou na tentativa de se tornar vice-presidente aos 56.
  • Perdeu uma disputa senatorial aos 58.
  • Foi eleito Presidente aos 60 anos.

E aí, você tem ideia de quem essa pessoa seja?

O nome deste homem é Abraham Lincoln, um dos maiores presidentes dos Estados Unidos, que marcou para sempre a história de toda uma nação, e é respeitado e lembrado até os dias de hoje.

Se diante de tantos fracassos, (quer dizer, resultados!) este homem viesse a desistir, teria ele conseguido se tornar o presidente de uma das maiores potencias de nosso planeta? É claro que não…

E você, é um espartano mesmo, ou vai desistir?

Não deixe de dar uma conferida no nosso último artigo entitulado 3 Hackings Mentais para Sair da Zona de Conforto

Sobre Autor

Gabriel Menezes

Fundador do Spartancast, Consultor e Especialista Internacional em Liderança, Alta Performance e Mindfulness dando treinamentos corporativos em todos os continentes do mundo. DJ, Terapeuta Holístico (Registro Profissional CRTH-BR: 3128) e Professor de Mindfulness credenciado pela International Meditation Teachers and Therapists Association (IMTTA), Membro Executivo do International Institute for Complementary Therapists (IICT) e Membro Profissional da American Mindfulness Research Association (AMRA). Diretor e Representante da IMTTA no Brasil formando mais de 200 Professores de Meditação e Terapeutas. CEO do SOMA Awakening Breathworks nos Países de Língua Portuguesa.