As perguntas são mais poderosas e transformadoras que as respostas, você quer saber o porquê?
Então leia o nosso artigo até o final e transforme-se.
– Você sabe com quem está falando?
Essa pergunta em geral passa uma sensação de arrogância e demonstra um certo ar de superioridade de quem está fazendo a pergunta em relação a quem ela se direciona.
Em uma de suas palestras, o Prof. Mário Cortella mostra que ao contrário do que parece, essa pergunta não só mostra uma arrogância desmedida, mas também expõe o alto grau de desconhecimento do individuo que a fez quanto à sua futilidade em achar que apenas a sua aparência ou título lhe torna superior aos demais seres humanos, todos finitos e medíocres em sua natureza diante da imensidão do universo.
Ignorância é mesmo uma dádiva?
Para muitos em nossa sociedade, quando se fala em conhecimento, muitas vezes vem à mente a célebre afirmação de que “é melhor ser ignorante e não sofrer, do que ser sábio e sentir dor”.
O ignorante pode ser ignorante infinitamente, pode não saber muitas coisas e à medida que continua a estudar, mais se dá conta da sua ignorância.
Por outro lado o sábio, é sábio de maneira finita, pois reconhece que a sua sabedoria não é infinita, ele tem a clara noção de que é sábio até certo ponto e daí em diante, precisa aprender mais, absorver mais conhecimento, tecer novos conceitos, testá-los, escolher os mais eficientes e então, passar a colocá-los em prática.
Sim, é importante ressaltar que a sabedoria é o ato de colocar em prática o conhecimento, mas sabemos que nem todo conhecimento é prático, então isso nos leva de volta ao paradigma da sabedoria:
O maior sábio é também o maior dos ignorantes.
E quando se trata de auto conhecimento o buraco é ainda mais embaixo…
Como já dizia o pensador:
Conheça o seu inimigo como conhece a si mesmo e não precisará temer o resultado de cem batalhas. ~Sun Tzu, A Arte da Guerra
Muito bonito né?
Mas não nos parece, pelo menos para a maioria das pessoas, uma forma de conhecimento muito prático e aplicável.
Porém, com um pouco mais de reflexão você conseguirá entender que o auto conhecimento te dá as primeiras armas para você derrotar o seu maior inimigo. E esse inimigo, acredite ou não, É VOCÊ MESMO!
E você, caro leitor, sabe com quem está falando?
Por que afinal de contas a maioria das pessoas não faz aquilo que elas sabem que lhes fará bem?
Você por caso é uma dessas pessoas que tem dificuldades na mudança de seus comportamentos?
Imagine-se conversando consigo mesmo, saberia com quem está falando?
Com certeza você já ouviu alguém te dizer: “Eu te conheço muito bem”. Mas você é capaz de dizer que SE conhece muito bem?
- Quais os seus maiores defeitos?
Resp.: Ser perfeccionista e exigir demais de quem trabalha contigo?
- Quais as suas maiores virtudes?
Resp.: Facilidade para trabalhar em equipe e alta capacidade para trabalhar sob pressão?
Essas perguntas são retóricas e muito usadas em entrevistas de emprego
Na verdade os recrutadores já estão de saco cheio dessas respostas “padronizadas”, mas de qualquer forma quando confrontado com elas, te levaram a uma rápida reflexão e ao reconhecimento de quão pouco você sabe sobre você mesmo.
É interessante ressaltar que os candidatos que se destacam não são aqueles que respondem o que “acham” que o recrutador quer ouvir, mas sim aqueles que romperam a barreira do senso comum e se desprenderam da crença do mediano buscando um sincero e leal auto conhecimento, respondendo a essas perguntas sem medo de expor o seu verdadeiro eu, e sem medo de responder algo diferente da grande maioria dos entrevistados.
Mas fugindo desse viés do mercado de trabalho, o exemplo acima serviu apenas para ilustrar o quão comum é as pessoas não saberem quem elas realmente são, pois nunca refletiram verdadeiramente sobre as suas reais capacidades, limitações, comportamentos e atitudes.
Elas nunca se questionaram quanto ao porquê de adotar determinados padrões de comportamentos, muita vezes auto destrutivos, tais como fumar e beber excessivamente. Vias de fato, essas pessoas desconhecem sua verdadeira natureza pois não conhecem a elas mesmas.
Essas pessoas que transitam na linha da mediocridade, no sentido de mediano, não sabem que muitos de nossos comportamentos são motivados por emoções que geram pensamentos e que por sua vez se refletem em ações, e essas ações geram determinados resultados.
Tais resultados podem ser positivos ou negativos, basta que escolhamos sempre os comportamentos que nos fortalecem e nos fazem bem!
Filosofamos demais né?
Então vamos exemplificar!
Imagine uma pessoa extremamente ansiosa que come quando está triste, come quando está feliz, come para “curar” a ansiedade…
Muitas pessoas que adotam este tipo de comportamento comumente chegam a quadros de obesidade, mas na maioria das vezes agem desta maneira inconscientemente por não saberem que essa compulsão por comida ocorre por que alguma coisa em suas vidas pessoais, profissionais ou emocionais está desequilibrada e fora do eixo.
Uma vez que estas pessoas por capricho do destino, ou por uma vontade autêntica de mudar criam consciência para os fatos da sua vida que as fazem comer desta maneira.
Só esta parcela de auto conhecimento já é o primeiro passo para motivá-las em direção a mudança, trabalhando e resolvendo aquilo que se encontra descompassado em suas vidas, atingindo finalmente uma transformação profunda, verdadeiramente se libertando do ato de comer excessivamente.
Sendo assim, te convidamos a refletir um pouco mais sobre você
Mas não estamos aqui procurando um bom profissional ou alguém que seja um líder, queremos apenas te proporcionar um momento para uma imersão total ao seu íntimo e temos certeza que quando terminar de responder a um dos questionários abaixo, terá mais perguntas que respostas, não porque ficará confuso, mas simplesmente porque talvez ainda não tenha pensado em si mesmo dessa maneira.
Faça a si mesmo perguntas subjetivas para fazer com que você reflita verdadeiramente sobre a sua condição atual.
Por isso as perguntas são mais poderosas que as respostas prontas!
Desperte o filósofo que há em você e comece a se fazer os tipos certos de perguntas.