“Eu não confio em mim mesmo”, te soa familiar?
Caso sim, você ao menos sabe o que te levou a essa falta de autoconfiança?
Meu palpite é que talvez no passado você tenha tomado algumas decisões não muito boas que o levaram a circunstâncias que você desejaria nunca terem se materializado na sua vida. E agora por conta disso, você está um pouco (ou muito) receoso de acreditar em si mesmo…
Ora, ora, olhe só em que situação você se colocou!
Mas seria este realmente o caso? Foi VOCÊ mesmo que estava tomando estas decisões? Ou…?
Reflita por um momento sobre o que realmente direciona as suas decisões e comportamentos. Em um nível consciente, você pode até dizer, “Foi eu, é claro!” mas saiba que são de fato as suas crenças internas e inconscientes que estão no comando.
O seu “eu interior” (ainda um desconhecido para você) tem te colocado em grandes apuros e você ainda nem se conscientizou do porquê.
Os problemas de uma mente inconscientes só podem ser resolvidos por uma mente consciente
Existem tantos exemplos que podemos usar que com certeza você se identificaria com pelo menos alguns deles – como por exemplo saber muito bem que você não deveria comer outra fatia de pizza pois você quer ficar bem naquela roupa de praia (mas acaba comendo de qualquer jeito pois agora, ela está muito gostosa!); ou escolher um emprego que você sabe que te fará achar a sua vida miserável (e você diz isso a si mesmo todos os dias) mas acaba cedendo porque ele paga muito bem.
Somos adestrados como animais de estimação.
É interessante considerar que as nossas crenças de como o mundo funciona e como supostamente devemos nos comportar nele, na verdade nos afasta da nossa autoconfiança desde muito cedo.
Como crianças somos adestrados a não questionar o rumo que as nossas vidas supostamente deverão tomar: estudar muito, ter um bom emprego, guardar dinheiro para aposentadoria, comer seus vegetais, fechar a porta… Nós apenas fazemos estas coisas sem dar muita atenção a elas. Pois é o que todos fazem.
Mas então você cresce e se torna mais consciente das crenças que lhes foram ensinadas e algumas até impostas, e talvez você comece a reconhecer a razão por trás dela: comer seus vegetais pois eles te farão mais saudável; trancar a porta para prevenir crimes; ter um bom emprego assim terá dinheiro; e assim por diante. As crenças que você adotou desde cedo começam a fazer sentido de alguma maneira.
De quem é a culpa?
Então quando você toma uma decisão baseada nestas boas e velhas crenças, e as coisas dão errado, a quem você irá culpar?
A você mesmo!
Perceba que algumas crenças desatualizadas fizeram com que você decidisse a ir para um lado, quando os seus instintos te disseram para você ir para o outro!
Tais decisões, talvez fizeram muitos de nós voltar a estaca zero, muitos dos quais até visitaram o fundo do poço. Se você acredita que ter um emprego estável é o único caminho para ter uma vida mais segura, mesmo que uma incrível e tentadora oportunidade como Freelancer apresente-se a você, você logo encontrará milhões de motivos para pensar que deveria permanecer no seu tedioso trabalho – e porque você não acredita na sua voz interior, você permanecerá preso na sua zona de conforto levando uma vida medíocre apenas sonhando com o rumo que gostaria que ela tomasse.
Em quem devemos confiar…
Muitas das vezes, nós transferimos as nossas tomadas de decisões para pessoas que confiamos. As vezes, este é o movimento certo, mas o tiro também pode sair pela culatra. As pessoas podem ter motivações e prioridades completamente diferentes das suas, e a guia delas pode acabar te decepcionando.
Seguem abaixo 6 dicas que podem te ajudar a acreditar implicitamente em você mesmo e até mesmo tomar decisões fora do convencional se desviando completamente das suas crenças condicionadas:
1. Comece pequeno e confie em seus instintos e coração. As reações de seu coração e de seus instintos são guias verdadeiramente poderosos, mas é muiiiito difícil acreditar neles quando a segurança e o conforto estão em jogo (a menos que você aprenda a ouvir o seu corpo). Então, comece com algumas pequenas decisões calculadas e não muito arriscadas. Imagine que você escolheu a opção A, e aquilo será o que você irá fazer não importa o que aconteça. Como você se sente com essa decisão, no seu coração e no seu estômago? Como o seu coração se sente – aberto e livre, ou apertado e pequeno? Como seu estômago se sente – bem, ou enjoado? Agora imagine que você teve a chance de falhar e recomeçar do zero, então você escolhe a opção B. Novamente, preste atenção no seu corpo e qualquer sentimento que possa emergir. Siga com a opção que você se sentiu melhor – não importa qual seja a opção mais lógica que sua mente “adestradinha” e condicionada diga. Após você fazer isso algumas vezes, você se tornará mais confortável em deixar o seu coração (ou seu estômago) tomar as decisões.
SIGA OS SEUS INSTINTOS, SIGA O SEU CORAÇÃO! Nunca será clichê demais repetir este conselho, que somente os ousados e corajosos se permitem seguir.
2. Siga as promessas que você fez a si mesmo. Se você se comprometeu consigo mesmo a perder peso, praticar diariamente a meditação ou se dedicar a compaixão quando os impulsos te direcionarem a fazê-lo, permaneça verdadeiro e integro com o seu comprometimento. Ao fazer isto repetidamente você estará ajudando a construir confiança em si mesmo. E se tratando de grandes, ou assustadoras decisões, você poderá se comprometer consigo mesmo não importando o que você decida, você entrará de cabeça e dará 100% do seu coração e esforço e então, somente então, você se dará a opção de mudar a direção.
3. Fale gentilmente para si e sobre você mesmo. Nunca pratique a autoflagelação quando uma decisão que você tomou te levou ao sofrimento ou tristeza. Você deu o melhor que você poderia dar, e você sabe disso! Além do mais, há muito o que pode ser conquistado em toda e qualquer situação – as vezes, quanto pior a situação mais poderosas são as lições. Encoraje a si mesmo a acreditar na sua sabedoria interna ao refletir como as decisões do passado te levaram até aqui, a este lugar de consciência plena e a habilidade de tomar decisões mais sábias que estão alinhadas com as suas metas.
4. Ouça!! A sua sabedoria fundamental está falando com você o tempo todo, mas você está escutando? Meditação é uma poderosa ferramenta para estar completamente pleno e coerente, física e mentalmente falando, você se tornará imensamente consciente de suas sensações físicas, seus pensamentos, e as suas emoções. Estes guias internos não falam com você apenas por meio de palavras, então você precisa aprender a ouvi-los.
5. Aceite que as respostas que você ouvirá ao expandir a sua consciência podem ser estranhas para você. O melhor caminho nem sempre será o mais confortável, ou o mais óbvio. Você está realmente motivado a verdadeiramente acreditar em si mesmo e ser levado ao desconhecido? Se você assumir uma atitude brincalhona – vamos fingir que iremos fazer isso, e ver se funcionará – você terá muito mais confiança e diversão, não importa para qual caminho você se curvar. Não leve tudo tão a sério, nem mesmo as dificuldades, afinal tudo muda, até mesmo o sofrimento.
6. Finalmente, use este mantra de meditação: “Eu posso descobrir e traçar o meu próprio caminho e aprender a seguir por ele”. Você é inteligente, criativo, cheio de recursos, experiente, mentalmente resiliente e se você realmente escutar o seu corpo e inspirações, você irá começar tomando decisões certas que irão suportar os seus objetivos e sonhos. Você será guiado pelo o seu “eu interior” – ou alma se assim preferir chamar – que irá te mostrar os recursos e conhecimento de que você necessitará, e irromperá em idéias, basta estar presente para elas.
Autoconfiança significa que você deve contar somente com você mesmo para sobreviver, resistir, se esforçar, e negar-se a desistir de si mesmo a qualquer custo; a viver sob os seus próprios padrões e modelos de realidade, crenças e valores; a colocar a si mesmo em primeiro lugar quando necessário for; a ser resiliente; e permanecer verdadeiro com a sua visão.
Siga o seu coração, ele não te decepcionará!
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