A meditação e o mindfulness podem nos ajudar na mudança de hábitos. NESTE INFOGRÀFICO aprenda como você pode usá-lo para mudar os seus hábitos!
Se houver um pedaço de gramado aberto em um canto, as crianças cortam e a grama logo se torna um solo endurecido. Os povos antigos criaram caminhos caminhando de um lugar para outro; cavalos e bois os alargaram; e hoje eles são estradas pavimentadas. Quando queremos ir a algum lugar, tomamos esses caminhos bem trilhados sem escolha.
E o mesmo ocorre com o nosso cérebro e os músculos e órgãos que respondem aos seus comandos. Como os neurônios continuam disparando em uma configuração específica, um caminho é criado e é mais fácil ir para lá. Neurônios que “disparam juntos, se conectam”. É assim que aprendemos a conversar, tocar violão, pintar, fumar e comer demais.
Como Judson Brewer aponta em seu livro The Craving Mind, estabelecer memórias (caminhos para retornar) é tão antigo e arraigado quanto a própria vida.
Eric Kandel ganhou o Prêmio Nobel de Fisiologia em 2000 por demonstrar que mesmo uma humild lesma do mar – dificilmente um primo dos humanos – emprega uma “abordagem de duas opções” para aumentar suas chances de sobrevivência: “avance para os nutrientes, afaste-se da toxina.”
Da mesma forma, nós nos adaptamos, estabelecendo lembranças do que é e do que não é comida e onde encontrá-la, para que pudéssemos retornar para mais. E, criticamente, a comida nos ofereceu uma recompensa: uma injeção de substâncias químicas no cérebro que sinalizam a fome sendo saciada (huuummm).
Esse sistema de aprendizado baseado em recompensas, observa Brewer, é facilmente invadido para desenvolver outros hábitos: ver crianças legais fumarem. Fume para ser legal. Seja visto como legal. Se sentir bem. Estabeleça uma boa lembrança. Deseja fazê-lo novamente.
Uma vez traçado, esse caminho nos leva de ida e volta; entramos em um ciclo vicioso.
Ver as pessoas fumando nos desencadeia, e o efeito imediato é o cérebro dizendo “que me fará sentir melhor ou diminuir a dor”.
Um desejo surge no corpo. Agimos para alimentar esse desejo. Temos a sensação boa (nossa recompensa), mas também começamos a ver o mundo de maneira diferente. No que os psicólogos chamam de “saliência” aumentada, agora usamos óculos cor de fumaça que oferecem uma paisagem cheia de oportunidades percebidas para fumar.
O hábito é reforçado, e a crescente saliência nos indica mais pistas e gatilhos que mantém a roda girando. Nesse ciclo vicioso nós vamos.
O Mindfulness, também conhecido como Atenção Plena pode quebrar esse ciclo desgastado, como podemos ver ilustrado no INFOGRÁFICO ABAIXO: